
Edite sua vida e seja mais feliz com menos
Li um artigo na revista Vida Simples intitulado “Sua vida editada”. O artigo contava a história de um Designer, Graham Hiil, que resolveu editar a própria vida reduzindo o que ele tinha. Menos coisas equivaliam a menos preocupação e mais felicidade. Assim, ele mudou de uma casa grande para uma menor, se desfez-se de coisas que não usava e que não eram tão necessárias quanto ele imaginava.
Isso me deu uma ideia. Por que não tentar fazer isso com a minha vida para ver se funciona. Esse será um projeto para 2012, porém, já comecei a doar algumas coisas que estavam empoeiradas no meu quarto. O próximo passo é doar minha cama e minha cômoda. Quero deixar o meu quarto apenas com coisas que são necessárias e que eu realmente use.
Menos é mais. Menos coisas = Mais felicidade.
Leonardo Ota
Cheguei a uma conclusão em relação a ter coisas, consumir compulsivamente produtos de tecnológicos, ter carros caros e uma casa grande. Quanto mais coisas nós temos, mais responsabilidade e menos liberdade possuímos. Se você possui um carro caro com certeza ele precisará ter um seguro que não será barato, irá consumir mais combustível, precisará de manutenção etc. E é só o começo, pois, caso aconteça uma simples batida, já imagina a dor de cabeça que isso poderá lhe causar.
Um carro pode sim lhe trazer conforto e segurança no trânsito, mas será que é mesmo necessário às pessoas comprarem carros tão caros? Possuir coisas não é bem o problema, o problema é quando nós colocamos nelas a nossa felicidade. Estamos acostumados a colocar nossa felicidade em bases instáveis e, por isso, sofremos. Esse é apenas um exemplo de algo que também funciona com outras coisas, como roupas, computadores, sapatos e pessoas.
Graham criou inclusive um site chamado Life Edited, e também encontrei um vídeo muito legal dele no TED ( Graham Hill: Menos coisas, mais felicidade ), argumentando e defendendo suas ideias.
Menos desejo e apego pelas coisas, pessoas, objetos significa mais felicidade e menos sofrimento para nós. O Lama tibetano, S.Emª. Chagdud Tulku Rinpoche, mestre precioso que ordenou o Lama Padma Samten, escreveu em seu livro “Portões da prática budista”:
Se gostamos de alguma coisa, se a queremos e não podemos tê-la, nós sofremos. Se a queremos, a obtemos e depois a perdemos, nós sofremos. Se não a queremos, mas não conseguimos mantê-las afastadas, novamente sofremos.
Chagdud Tulku Rinpoche
É esse exercício diário que tento fazer, não desejar ou me apegar às coisas. Mas não somente isso, conseguir viver todas as experiências quando quiser sem se prender a elas, ser livre para fazer algo sem ficar dependente. Podemos usar todas as experiências como caminho para a prática da lucidez, superando nossos próprios obstáculos e ajudando os outros a superarem os deles.


11 Comentários
Pingback:
Pingback:
Felomenia Pinho
Tento passar para as crianças com as quais trabalho que elas podem brincar sem precisar de muitas coisas. Uma bola e alguns amigos podem bastar. Talvez assim quando adultas, elas possam precisar de pouco para se sentir bem.
Gustavo M. Silva
Muito bom artigo!
Leonardo Ota
Muito obrigado pelo comentário e pela visita, Gustavo. Abraço!
Leyne Delfini
Estou deixando em minha rotina o que realmente é essencial. Aliviar a bagagem, facilita muito a nossa jornada material e
espiritual. Temos que estar atentos ao consumismo.
Parabéns pelo artigo.
Leonardo Ota
Obrigado!
Andreia
Parabéns pelo artigo..Cada vez mais tenho tido interesse no Budismo, identificando me com certos aspetos, como o caso do consumismo que existe na nossa sociedade! Admito que até eu mesma sou um pouco, mas estou no caminho certo para a mudança!..
Namaste
Felipe Mendes
Adorei o post. Ultimamente venho pensando nessas coisas, sobretudo, no apego a redes sociais e na maneira que minha família leva à vida. Penso na relação de consumir e ser consumido pelas coisas que temos. Ótimo blog e estou sempre que posso por aqui. Abraços.
Leonardo Ota
Muito obrigado pela visita e comentário, Felipe!
Rodrigo Nascimento
Obrigado Leonardo pelas palavras. Sou cristão desde a infância e vejo mais amor e lucidez no budismo do que no meio cristão. Mais uma vez obrigado pelas palavras!