
Desenvolvendo o olhar de Buda
Trânsito, algo muito desafiador em qualquer época e em qualquer momento. No carro as pessoas se transformam e parecem vestir uma armadura de ferro, um escudo, onde tudo podem.
Isso se liga com a breve história que vou contar.
Estava no trânsito, quando passei por um carro, no qual um ser humano estava dirigindo e falando com o celular ao mesmo tempo, apoiando o cotovelo na porta e conversando, tudo ao mesmo tempo.
Quem sou eu para julgar? Tempos atrás, antes de praticar Zazen, ver algo assim era absurdo. Meus julgamentos e impaciência me consumiam ao ver uma cena como a do senhor dirigindo ao telefone.
Mas após praticar Zazen com frequência e lembrando da fala de Genshô Sensei “precisamos trocar nossos olhos comuns pelos olhos de Buda”, vi a situação de outra forma. Não diria com os olhos de Buda, pois seria muita pretensão, mas sem julgar, cogitar ou projetar nada naquela situação e não foi a primeira vez.
Você já passou por isso?
Você já olhou para o que os outros estavam fazendo e julgou, projetou valores (gosto, não gosto, feio, bonito, bom, ruim…), cogitou, formulou?
Se assim como a maioria, você também tem o hábito de fazer isso, gostaria de sugerir algumas coisas que você pode fazer para treinar seu olhar.
Como aplicar de forma simples na vida diária?
- Pratique meditação de atenção plena a respiração, bastando ter consciências da sua inspiração e consciência da sua expiração. Não há jeito mais simples de fazer do que essa, prestar atenção, não importa o que esteja fazendo, à sua respiração.
- Compreendendo que o outro é um Buda em potencial, assim como você, e que devemos respeitar as decisões dos outros, mesmo que não concordemos.
- Pergunte-se, como Buda olharia essa situação. Isso te ajudará a ver a vida de forma mais ampla.
Conclusão
Bem, com apenas algumas dicas, que servem para mim e que vivencie na minha própria experiência, você também poderá aplicar no seu dia a dia de forma simples e rápida e com o tempo poderá se aprofundar.