
Agarrando com as duas mãos

Este conteúdo foi extraído do blog Plantando Sementes do Darma, escrito e editado pela Jeanne Pilli.
O texto a seguir é de Jetsunma Tenzin Palmo. Tradução livre da Jeanne Pilli.
Não estamos presos à Roda da Vida. Nós é que a agarramos com força, com as duas mãos.
Há uma história que sempre se conta sobre uma forma particular de aprisionar macacos na Índia. Toma-se um coco com um pequeno buraco. Por esse buraco, com tamanho suficiente para passar apenas a mão do macaco, coloca-se um pedaço de doce de coco. O macaco se aproxima, sente o cheiro do doce, coloca a mão no buraco e agarra o doce. Ele fecha a mão para agarrar o doce. e dessa forma não consegue mais tirar a mão do coco. E então o caçador consegue pegá-lo. Nada prende o macaco ali. Tudo o que ele precisava fazer era abrir a mão e estaria livre para fugir. Ele fica ali preso apenas por desejo e apego, que não o permitem seguir.
É dessa forma que a nossa mente funciona. O problema não é o doce de coco. O problema é que não conseguimos soltá-lo. Vocês entendem?
O problema não é o que temos ou o que não temos, mas o quanto nos agarramos às coisas.
Retirado de “Reflections on a Mountain Lake – Teachings on Practical Buddhism” – Jetsunma Tenzin Palmo
Livro escrito a partir de uma série de ensinamentos que Jetsunma Tenzin Palmo ofereceu nos EUA e Austrália entre 1996 e 1998.

